O passo que importa é aquele que você dá

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Um dos grandes pioneiros na meteorologia no século XIX, James Pollard Espy, até os 18 anos não sabia ler nem escrever.

Até que um dia ele foi assistir a uma palestra de um famoso orador americano, Henry Clay, que era um dos seus ídolos na época, e ficou encantado.

Seu entusiasmo foi tanto que resolveu ir lá falar com ele, mas infelizmente sequer conseguiu pronunciar algo.

Atento, um dos seu amigos rapidamente lhe socorreu, dizendo para o Clay: “meu amigo quer ser como você, mas não sabe ler”.

Clay abriu um sorriso, pegou um dos cartazes da palestra no qual estava escrito o seu nome CLAY em letras garrafais, apontou para a letra A e disse:

– Está vendo isso, garoto? É a letra A. Agora só lhe resta decorar mais 25 letras.

Espy entendeu e aprendeu o processo – tanto que, um ano depois, não só tinha aprendido a ler e escrever, como também tinha começado a fazer faculdade.

Por mais simples, banal e até anedótico que isso possa parecer, tudo na nossa vida é um processo.

Já viu o que um lutador de jiu-jitsu faz quando alguém muito maior parte para cima dele numa briga?

O processo.

1- Esquivar-se do primeiro soco

2- Agarrar a perna até conseguir derrubar o adversário

3- Anular as ações do adversário tentando imobilizar os membros superiores ou inferiores – ou mesmo o pescoço no clássico golpe “mata-leão” – até que ele não consiga mais lutar.

Ele até poderia tentar trocar socos de primeira, mas nunca o fará porque ele confia no processo.

Para escrever um livro é mesma coisa, como fiz com o que acabei de terminar – e que, inclusive, já está pronto para ir para a gráfica e cujo primeiro mockup da capa/contracapa (criação do Maicon Moura) te apresento agora com o maior orgulho:

Pode demorar 1 mês, 1 ano ou 10 anos, não importa – o que importa é seguir o processo com um passo de cada vez.

1- Escrever uma sinopse sobre o assunto que irá abordar.

2- Definir qual o público que irá atingir (para ajusta o tom de voz)

3- Montar um esqueleto com os prováveis capítulos.

E, agora, a parte mais difícil:

4- Sentar e escrever.

A primeira frase.

O primeiro parágrafo.

A primeira página.

O primeiro capítulo.

E assim por diante até escrever FIM no último capítulo.

Foi isto o que fiz após ter publicado o artigo O elefante no meio da sala no início desse ano (lembra?) – dia 15 de fevereiro de 2023, para ser exato.

Com os feedbacks recebidos, alguns E SE? surgiram na minha cabeça e, então, percebi que um livro seria o formato ideal para explorar melhor tanto aquela história do elefante, como expandir o conteúdo para que ele se tornasse uma conversa (franca) com o leitor para ajudá-lo a transformar suas ideias em realidade.

E o resultado está aí, como venho informando por aqui desde então: 6 meses escrevendo (do início de Março ao início de Setembro), outros 2 meses entre as revisões e aprovações das ilustrações e da capa/contracapa, e agora mais um mês entre os trâmites de aprovação, envio e recebimento dos livros físicos da gráfica.

É como sempre digo quando me perguntam como sempre arrumo tempo e consigo entregar tantos projetos:

– Não é mágica, é o processo.

É seguir dando um passo de cada vez, mesmo que seja rápido e minúsculo, mas sempre dar um passo, pois o passo que importa é aquele que você dá.

Afinal, quando olhamos para trás, dificilmente nos lembraremos de todos os dias em que conseguimos dedicar mais ou menos tempo, em que conseguimos evoluir muito ou pouco rumo ao objetivo final.

Mas ao cruzarmos a linha de chegada, enxergamos com clareza como cada passo e cada segundo dedicado não foi em vão. 😉

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Obs.I. Sim, o processo para a criação de círculos virtuosos que nos permitem não só iniciar como também chegar ao final dos nossos objetivos também estará no livro – e ainda falarei mais sobre ele em outras newsletters.

Obs.II. No início do artigo, contei de forma parecida a historinha do Espy que aparece no livro “O obstáculo é o caminho” do Ryan Holiday, que aliás foi o livro apresentado no encontro de Novembro do inspiratiON CLUB.

Obs.III. Foto da capa: Vidar Nordli-Mathisen

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Português que nasceu em Moçambique, foi criado no Brasil, empreendeu em Portugal e agora está de volta ao Brasil para continuar ajudando as pessoas a transformarem o conhecimento em um negócio/produto de valor.

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