20 anos ou 1 ano repetido 20 vezes?
Outro dia estava assistindo a uma palestra do Tiago Mattos e, em determinada altura, ele soltou essa pergunta (não lembrou o autor), que o havia chacoalhado no ano passado.
E, confesso, me chacoalhou também, como deve ter acontecido contigo assim que viu este artigo.
Sem problemas.
Enquanto no seu cérebro começam a aparecer imagens aleatórias de momentos marcantes de sua vida, vou te ajudar com um pouco mais de foco.
Lembre-se das entrevistas que você já fez, tanto aquelas em busca de um emprego (CLT ou PJ) como aquelas para fechar contratos para sua empresa (caso tenha uma), e perceba que o padrão é quase sempre o mesmo.
Todos os entrevistadores e/ou contratantes sempre querem saber qual é a sua experiência.
E ela é sempre medida em anos.
– Trabalho com vendas há 20 anos – poderá ter sido a sua resposta.
Mas você está há 20 anos vendendo a mesma coisa para os mesmos tipos de clientes?
Então, na verdade, você só tem 1 ano de experiência que está sendo repetido por anos e anos a fio.
E isto não quer dizer que você seja ruim no que está fazendo, muito pelo contrário, pois só se fica bom no que se faz praticando – e a prática requer (muito) tempo e (ainda mais) dedicação.
O ponto é que os anos de vida vão se acumulando, mas a experiência não.
– E isto é um problema?
Depende.
Se você se sente estagnado ou não está feliz com o rumo de sua carreira, sim.
E isto se conecta totalmente com um dos livros mais bacanas que li neste primeiro semestre: “O Buda e o Cara” do Vishen Lahkiani.
Neste livro o autor mistura o arquétipo do mestre espiritual com o do mestre das mudanças para conseguir crescer e se realizar tanto na vida como no trabalho.
E nisso o sujeito tem experiência de sobra, pois ele se reinventou construindo uma empresa global de educação, atraindo os melhores talentos e os alunos para… EUA? Inglaterra? França?
Nada disso.
Malásia.
Pois é, o negócio deu muito certo e parte desta jornada da criação e evolução da Mindvalley, que virou referência mundial, está neste livro muito bem escrito, cativante e com várias questões em aberto justamente para ajudar a provocar a mudança na forma como encaramos a vida e o trabalho.
Agora voltando à falar da questão da experiência, o autor também a incluiu no que chamou de “As 3 Perguntas Mais Importantes (3PMI)”, que segundo ele é a base para a construção do plano de ação mais importante para mudarmos a nossa realidade.
São elas:
1- Quais as experiências que quero ter nessa vida?
2- Para ser uma pessoa que vive a vida com essas experiências incríveis, como preciso crescer?
3- Se eu tivesse uma vida com essas experiências incríveis e tivesse chegado a esse nível, como poderia então retribuir ao mundo o que me foi concedido?
A “experiência incrível” ao qual ele se refere não precisa ser necessariamente algo radical, como pular de paraquedas (que é mesmo incrível em todos os sentidos, mas não recomendado para qualquer um), e sim coisas que agreguem (direta ou indiretamente) à sua carreira/trabalho e a quem você é ou queria ser.
Como fazer uma palestra, por exemplo.
Ajustando às 3 Perguntas, se essa é uma experiência que você quer ter nessa vida (1), para crescer (2) vai precisar melhorar algumas habilidades (networking, inclusive) e, então, lá na frente poderá retribuir ao mundo (3) o aprendizado nessa jornada.
Perceba como uma coisa puxa à outra e, quando começar a encontrar dentro de si as respostas, o caminho sobre o que fazer e o como fazer ficará se tornará cada vez mais claro.
O que não quer dizer que será fácil – e nunca será, mas pelo menos você já saberá para onde deverá correr ao invés de continuar correndo por correr.
E tenho certeza que isto será uma experiência incrível! 😉
Obs. Fotos: em preto e branco: Roma Kaiukua / do livro: arquivo pessoal.
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Por falar em palestras e experiências, no início do mês fui convidado para participar de um evento incrível organizado pela PAYNET .
Lá pude falar um pouco mais sobre como quebrar o círculo vicioso da inércia para tirar os projetos do papel, da iniciativa à acabativa, através do tripé inspiração-criatividade-atitude, além de ter autografado os 50 livros “Tire o elefante do sala” que foram distribuídos para todos os seus colaboradores.
Curti MUITO e isso reacendeu uma velha chama que redescobri que está mais acesa do que nunca, pois caso você ainda não saiba, ao longo de mais de 10 anos trabalhando na Ticket (Edenred) já rodava o Brasil de cabo a rabo fazendo palestras nos principais eventos e sindicatos por aí afora falando sobre gestão de frota.
Agora estamos numa nova fase, falando sobre criatividade e inovação como alavanca para o desenvolvimento pessoal e de negócios, então se quiser me levar ou indicar para a sua empresa/associação/universidade para fazermos um projeto parecido com o da Paynet (com ou sem distribuição de livros), entre em contato que será um prazer ajudá-los e voltar à estrada! 🙂
Hoje tenho 4 palestras “de prateleira”, por assim dizer, que inclusive podem ser customizáveis:
- Tire o elefante da sala – baseada no livro de mesmo nome e na minha experiência criando produtos e empresas, com o objetivo em ajudar a quebrar o círculo vicioso da inércia e tirar os projetos do papel de acordo com a metodologia ICA (Inspiração, Criatividade e Atitude).
- Criatividade: e se…SIM! – baseada na técnica da improvisação, que é usada no trabalho dos palhaços e humoristas (e que não tem nada de “improviso”), com o objetivo de construir um círculo virtuoso de criatividade focado na resolução de problemas para termos uma vida mais criativa e produtiva.
- Problemas? OBA! – palestra sobre porque devemos amar os problemas e como encontrar as melhores ideias e estruturá-las para resolvê-los.
- Os círculos viciosos e virtuosos na carreira e na vida – palestra sobre o sentido do trabalho e como sair dos círculos viciosos que impedem o desenvolvimento da carreira para transformá-los em círculos virtuosos que impulsionam o crescimento profissional e pessoal.
Mas também nada impede de criarmos uma nova, ok?
Então, entre em contato e vamos conversar! 🙂
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