Por Eduardo M. R. Lopes
Numa semana em que vimos com surpreendente alegria o acrobático gol do Wendell “Davi” Lira derrubar (mais) uma pintura do magistral Messi e faturar o prêmio Puskás, também vimos com extrema tristeza o gênio David Bowie embarcar em sua nave rumo ao infinito e além, deixando por aqui um legado musical fantástico e o refrão de sua linda música (Heroes) quebrar o recorde de audiência nos serviços de streaming da vida.
Por falar nesta música, que para os que não conhecem trata de um encontro de dois amantes no Muro de Berlin e que diz que “podemos ser heróis por apenas um dia”, ela inspirou gerações e volta e meia ainda aparece em vídeos motivacionais – como o que eu vi em 2001, quando fui trabalhar numa grande petroleira internacional, e saí de lá direto para o shopping para comprar “qualquer cd do Bowie que tenha a música Heroes”. Mas voltando ao primeiro parágrafo, o ponto principal é que não precisamos ser um gênio completo em nossa área, como o David Bowie ou o próprio Messi (e muitos até são, mas talvez nunca descubram), ou ainda ter conseguido realizar um ato genial isolado, como o golaço do Wendell Lira, para sermos considerados heróis, pois na verdade todos nós já somos.
Sim, eu, você, seu vizinho, qualquer um, pois manter-se vivo nessa sociedade cada vez mais insana por si só já é um ato de heroísmo, como já dizia o poeta que agora não recordo o nome, ou então “o sujeito comum que persevera e supera os percalços que aparecem no seu caminho”, como dizia o eterno Christopher “Superman” Reeve. E o fato de ainda não termos deixado a nossa marca nesse mundo, que até nem precisa ter tais proporções como as dos exemplos já citados, não quer dizer necessariamente que foi porque não tenhamos condições para isso, pois todos nós já nascemos com um super-poder extremamente valioso, mas que em geral é subestimado e pouco utilizado, que é o super-poder do “querer fazer”. Sabe aquela pessoa que por alguma razão você considera como ídolo? Pois bem, analise a vida dela e perceba que, apesar dos mais variados tipos de dificuldades que apareceram pelo caminho, não foi justamente esse super-poder do “querer fazer” (em alguns casos aliado a algum talento diferenciado) que norteou toda a sua trajetória até ter conseguido realizar algo grandioso, ter chegado aonde chegou ou simplesmente ter conquistado o que queria? “Quanta babaquice, se fosse assim todo mundo conseguiria”, poderão exclamar alguns que leram até aqui, mas antes de me deletarem, peço que agora olhem para as suas próprias trajetórias. Quais são as suas reais motivações e o quê vocês querem de fato? Não, não precisa pensar em algo muito grandioso não, basta olhar aquelas metas mais simples. Quantos prometeram que este ano iriam parar de fumar e já voltaram? Que iriam cuidar da saúde e já não estão mais indo à academia? Que iriam ler “aquele” livro, mas ele continua lá pegando poeira na mesinha de cabeceira? Pois é, fácil? Se para estas metas teoricamente mais simples o resultado já foi nulo, agora imagine para os seus planos maiores…
Então, mãos à obra! Jogue fora o chapéu de “vítima da sociedade”, desperte o super-poder do “querer fazer” que há em você e FAÇA. Sonhe grande e mire o futuro, mas plante e regue as pequenas sementes hoje. E, parafraseando o Bowie, desta forma não só poderemos ser heróis, como seremos por bem mais que um dia.
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