Não é o ano novo que tem que ser diferente – é VOCÊ!

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Por Eduardo M. R. Lopes

Mais um ano se inicia e com ele chega também aquela interminável lista de resoluções, tais como: perder peso, parar de fumar, encontrar o amor de sua vida, não virar mais (tantas) noites no trabalho, arrumar um novo emprego, ganhar na mega-sena, etc.

O grande problema é que infelizmente as resoluções da grande maioria das pessoas não conseguirão sobreviver além do carnaval, pois atropelados que somos pela correria do dia a dia com mais a tendência para deixar para amanhã o que poderia ter sido feito hoje, mal perceberemos que as festas juninas já chegaram num piscar de olhos, assim como as luzes do Natal já estarão despontando reluzentes no horizonte – e aí, tal como mágica, as poucas resoluções que ainda conseguirmos lembrar acabarão sendo empurradas automaticamente para o próximo ano que, “desta vez”, finalmente promete ser “o” ano.

Como o ser humano parece ter uma predileção especial por aprender as coisas pela dor ao invés de pelo amor, se nenhuma tragédia ou humilhação acontecer conosco ou com algum ente querido, são muito fortes as chances de que esse “tal ano redentor” nunca chegue, presos que estamos numa espécie de looping infinito neste círculo vicioso da inércia (clique aqui para rever o post), pois ainda teremos na manga a desculpa de que temos tempo de sobra – e de fato até temos, mas o problema é que não sabemos aproveitá-lo de forma produtiva (clique aqui para rever o post).

Entretanto, ao invés de esperar a dor chegar para começarmos a nos mexer, sugiro que neste ano a nossa lista de resoluções contenha apenas 3 itens, que são:

1- Reavaliar todas as coisas que nos dão prazer de verdade;

2- Escolher uma;

3- Fazê-la com dedicação.

Simples assim.

Afinal de contas, se o trabalho e o stress por ele gerado ainda são as maiores desculpas que nos fazem atropelar e arquivar as listas de resoluções, distanciando-nos cada vez mais das coisas que de fato nos dão prazer (e que provavelmente deverão estar perdidas no meio destas listas), nada mais lógico então do que tratarmos de descobrir logo o que raios gostaríamos de fazer até o final dos nossos dias e começarmos imediatamente a por as mãos na massa – até mesmo porque muitas vezes o processo de execução é bastante lento e sacrificante até que consigamos atingir o resultado almejado, e é justamente aí que reside a tênue linha que irá separar os garotos, que continuarão frustrados, empurrando a vida com a barriga cada vez maior, dos homens que irão viver felizes para sempre com os resultados de suas escolhas.

Desta forma, nada melhor do que assumirmos de vez o prumo de nossas vidas ao invés de simplesmente deixarmos ela nos levar, e passarmos assim a viver (com mais prazer) cada dia como se fosse o último, pois como já dizia aquele velho ditado, um dia a gente acerta – só espero que não seja hoje!

Feliz ano novo repleto de realizações, mas principalmente: Feliz Você!

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