Se você não sabe qual jogo está jogando, qualquer resultado serve

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Por Eduardo M.R. Lopes

Há pessoas que vivem olhando para os lados, querendo ser melhores que todos ao seu redor, quando deveriam se preocupar apenas em olhar para dentro e seguir em frente.

Com as empresas acontece a mesma coisa.

O CEO da Microsoft na época (Steve Ballmer) vivia obcecado com o Ipod da Apple e queria porque queria que eles fossem “melhores” que a Apple a qualquer custo.

Até que finalmente conseguiram lançar o Zune, também conhecido como o “popular quem?”, que era muito melhor (mesmo) que o Ipod.

Mas o carnaval da Microsoft não durou muito, pois pouco tempo depois a Apple lançou o revolucionário Iphone, que matava não só o próprio Ipod como tudo o que havia nesse segmento – Zune incluído.

E a Microsoft, então, voltou para a prancheta para fazer tudo (errado) de novo.

Lembrei desta história, contada no excelente livro O Jogo Infinito do Simon Sinek, enquanto lavava louça ouvindo no último volume um disco ao vivo do Motorhead.

– Oi?!?

Calma, que explico.

O Lemmy, lendário vocalista já falecido, costumava dizer que o que mantinha a banda viva (e foram 40 anos!) era o instinto de sobrevivência, pois enxergava a banda como um animal em permanente caçada – e que por isso mesmo deveria estar sempre em movimento e nunca acomodado, caso contrário morreria de fome.

Tal como a Apple, eles olhavam para dentro e seguiam em frente, sem essa de querer serem melhores que os outros – apenas queriam fazer algo melhor do que já haviam feito.

Tanto o Motorhead como a Apple jogavam o jogo infinito descrito pelo Simon, onde há jogadores conhecidos e desconhecidos, as regras são variáveis e o objetivo é apenas perpetuar o jogo, até que os jogadores fiquem sem recursos ou sem vontade para continuar – como nos negócios.

Já os jogos finitos são aqueles em que os jogadores se conhecem, as regras são fixas e todos concordam com o objetivo final – como o futebol, onde os jogadores jogam apenas para vencer os adversários.

E aí, quando os jogadores de mentalidade finita (foco adversário) encontram competidores de mentalidade infinita (foco si próprio) num tabuleiro de jogo infinito (negócios, vida, etc), há esse choque onde, invariavelmente, os de mentalidade finita acabam perdendo mais cedo ou mais tarde.

E perdem porque estão tão obcecados com os outros, que não percebem que estão perdendo para si próprios porque estão no jogo errado.

Afinal de contas, a nossa vida é finita, mas o jogo da vida é infinito, pois mesmo que eu e você tenhamos que sair dele amanhã (contra a nossa vontade, é claro), o jogo vai continuar.

E ninguém vai se lembrar se você foi melhor ou não que o fulano, ou ainda se a sua empresa foi melhor ou pior que o concorrente de hoje.

Mas todos se lembrarão do que eu e você fizemos neste jogo.

Talvez se lembrem até do como e do porquê fizemos.

Se é que fizemos algo.

Fizemos?

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Português que nasceu em Moçambique, foi criado no Brasil, empreendeu em Portugal e agora está de volta ao Brasil para continuar ajudando as pessoas a transformarem o conhecimento em um negócio/produto de valor.

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