– E a bolsa vai cair ou subir, hein?
Perguntou-me um amigo na semana passada.
(Calma, pois isto não é um artigo sobre finanças, mas preciso fazer uma rápida contextualizada para ficar mais clara a analogia. 😉 )
Disse que não sabia e que isso também pouco importava, segundo a minha filosofia de investimentos.
Quem fica tentando acertar o momento exato do menor preço da ação para comprar ou o maior preço para vender, não está aplicando.
Está é jogando na loteria – e assim, dificilmente, irá acertar.
A minha lógica era todo mês – sim, todo mês – comprar ações de empresas já estabelecidas, que estavam de olho no futuro e que apresentavam resultados consistentes, e vez ou outra investir em empresas que estivessem crescendo em mercados promissores.
No meu caso deu certo, e isto não é garantia que dê certo para você..
E os amigos que sabiam disso, assim que havia algum abalo no mercado vinham logo com as duas mesmas perguntas de sempre:
– Qual ação vai bombar? E é o momento certo para entrar na bolsa?
E a lógica (nem tão lógica assim) desse mercado é praticamente a mesma de produzir conteúdo na internet.
Afinal, se hoje todos somos uma marca, o conteúdo que produzimos são as ações que poderão valorizar (ou não) a nossa empresa ao longo do tempo.
E essas ações só passarão a existir quando tomamos uma ação, que leva à resposta para pergunta sobre o tal momento certo.
O momento certo de entrar é sempre o agora
Se você não falar hoje sobre aquele assunto que está preso em sua garganta, outro poderá e irá fazer.
E, fazendo, com um pouco de sorte poderá até viralizar, como aquela ação que dispara e aí todos vão querer comprar, mas pagando preços cada vez maiores.
E você ficará com essa sensação de que “poderia ter escrito isso e muito mais”.
A diferença é que aquela ação (conteúdo) se valorizou e a sua não, pois nem foi colocada no mercado.
E agora é você quem vai ter que “correr atrás”.
Por isso que se deve colocar para fora, com qualidade, utilidade e de forma consistente, tudo aquilo que conecte a sua essência com a transformação que você espera causar nas pessoas/ambiente ao seu redor.
Independente se o tópico está na crista da onda ou não, pois mesmo que ninguém esteja falando sobre isso hoje, amanhã quem sabe?
E aí a vantagem estará ao seu lado, pois se você continuar produzindo de forma consistente e com qualidade, quando menos esperar haverá aquele famoso estalo em que o sucesso acontecerá do dia para noite depois de cinco ou dez anos de trabalho.
Como as ações das empresas.
A disciplina para produzir conteúdo e investir é a mesma.
Num mês você compra a R$ 10, no outro a R$ 11, no outro cai para R$ 7, logo depois sobe para R$ 8, depois dá um salto para R$ 15 e por aí vai.
Se houve disciplina e consistência, ao final desse período você teria ganho dinheiro com esta ação.
Já se estivesse tentado acertar quando subiria ou cairia entre os intervalos curtos, a chance de errar e perder dinheiro teria sido muito maior.
Ou não teria feito nada, esperando até agora pelo tal momento ideal.
Por isso que a bolsa é um mercado de longo prazo.
Então o segredo-nem-tão segredo assim é entrar o quanto antes, dando tempo ao tempo e focando na qualidade das empresas.
Exatamente como na produção de conteúdo.
Se o que você está produzindo hoje ajuda as pessoas, mesmo que ainda esteja bem no começo, e fizer isso de forma consistente, a tendência é que o seu conteúdo se valorize ao longo do tempo.
Sabe o por quê?
Porque a cada vez que alguém da sua audiência achar algo relevante ali, mais destaque ele passará a ter, atraindo novas pessoas para consumir o seu conteúdo.
E uma parte dessas pessoas que estão chegando agora, com certeza irá pesquisar sobre quem é você.
E então descobrirá outras coisas que você já produziu.
E começará a recomendar para mais pessoas, que passarão a acompanhar tanto os seus novos conteúdos, como também os antigos num grande círculo virtuoso.
Entretanto, nem tudo o que você está produzindo irá viralizar.
Um artigo poderá ter uma boa audiência, outro poderá ter nenhuma e outro poderá até explodir.
Como o preço daquelas ações.
O importante é entender que isso você não controla – ou melhor, ninguém controla.
O que você controla, e que está em suas mãos, é o que você produz.
E o valor disso, que no final as contas tem impacto direto em sua própria marca, é determinado pela audiência (mercado) ao longo do tempo, e não por você.
Por isso que quanto antes começar, melhor; pois a autoridade se conquista com a qualidade/utilidade/relevância do que você produz ao longo do tempo.
Tao simples quanto isso.
– Mas há risco, né?
Sim, é claro que há riscos – muitos, inclusive.
Uma empresa aparentemente sólida poderá quebrar (e quebra!) ou envolver-se em algum escanda-lo, e o preço das suas ações desabarem ou virarem pó.
Assim como você, que se não estiver sendo sincero com a sua audiência, poderá ser pego na curva com alguma mentira, envolver-se em algum escanda-lo ou até mesmo se estiver produzindo conteúdo de gosto duvidoso.
E aí será mais difícil recuperar a sua credibilidade, pois a sua marca ficará arranhada, queimando o próprio filme e, por tabela, o tal “preço” das suas ações.
Se o melhor momento para começar é agora, então qual será o melhor assunto?
No meu curso de produção de conteúdo para iniciantes, costumo dizer para começar com aquilo que te incomoda no mercado em que você atua, dando sugestões de possíveis alternativas para a resolução deste incômodo.
E hoje, cada vez mais, estou convencido de escrever sobre oportunidades que você está enxergando, mas que ninguém ainda está tendo clareza a respeito, pois é uma forma conquistar autoridade e até criar novas empresas e mercados.
Exatamente como eu NÃO fiz lá em 2015/16, quando optei por não querer expor no meu blog ou Linkedin um tema, que hoje está na moda mas que na época era pouco falado, com receio de que isso poderia comprometer de alguma forma com a minha carreira lá dentro.
O velho conflito entre o “Eduardo ser humano” e o “Eduardo profissional”, que agora temos a clareza que não faz mais sentido.
E não escrevi uma linha a respeito, mesmo estudando, pesquisando e sendo um apaixonado pelo tema, que era a criação de negócios de educação nas empresas para vender a sua expertise na área de atuação.
Para ilustrar, trabalhava na área de produtos e fiz um esboço de uma “plataforma” tipo Netflix, onde a ideia era distribuirmos vídeos educativos (próprios ou não), e também criaríamos e venderíamos cursos para o segmento em que atuávamos.
Na minha cabeça estava claro que toda empresa deveria ter um braço de educação, pois como os smartphones estavam ficando melhores e mais acessíveis, isto era uma forma de criar um negócio complementar e bastante promissor.
E que serviria tanto para as empresas (clientes e não clientes), que era o nosso foco, como também para as pessoas físicas das empresas (clientes e não clientes), reforçando assim a presença/imagem da empresa no mercado e abrindo as portas de uma forma mais inteligente para atrair novos clientes.
E que poderia ser facilmente expandido para os outros segmentos de atuação da empresa, que tinham um potencial até maiores.
Meu chefe na época adorou, mas sabem como é a vida de uma multinacional em processo de fusão e mudança de estruturas, né?
Pois é.
Era o cara certo com o projeto certo, mas talvez no momento errado.
E sabe o que eu fiz durante esse tempo?
Continuei falando sobre essas possibilidades apenas pelos corredores para os colegas mais chegados.
Já no blog e no Linkedin, nada.
Se naquela época, mesmo com o projeto engavetado, tivesse começado a escrever sobre isso, mostrando os impactos desse tipo de educação para as empresas, possivelmente hoje já poderia até ter virado uma autoridade nesse tema, mas não.
Pelo fato de estar viralizando alguns assuntos sobre desenvolvimento pessoal (que também amo) via portal Administradores (foto abaixo), preferi abordar esse tema que interessava ao “Eduardo ser humano” ao invés daquele que interessava ao “Eduardo profissional”.
Hoje temos um especialista em cada live falando sobre essa questão da nova educação corporativa, o Tiago Mattos, que é fera e do qual sou fã, segue com esta bandeira bem hasteada e o assunto cresce de forma exponencial.
– Mas, Eduardo, você ainda pode falar sobre isso agora, né?
Sim, com certeza, pois nunca é tarde demais para nada e continuo apaixonado por esse tema.
Mas ficou claro que se tivesse optado por também fazer o que interessava ao “Eduardo profissional”, agora eu poderia ser a “ação” que estaria explodindo ao invés de ser a “ação” que segue crescendo (o que também é bom, viu?).
E, a partir do aprofundamento e pesquisas para escrever cada vez mais sobre isto durante esse tempo, até já poderia ter a minha própria empresa tratando disso?
Pois é.
Esse é o espirito.
Afinal, tudo começa com a produção de conteúdo, que formará esse conjunto de ações que geram valor para sua marca pessoal.
E o momento certo é sempre o agora, que fará toda a diferença no longo prazo.
O resto é paisagem. 😉
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