Por Eduardo M. R. Lopes
Volta e meia alguém famoso (empresário, escritor, ator, etc), quando questionado a respeito do segredo do seu sucesso, solta a seguinte resposta:
– Sorte. E, quanto mais eu trabalho, muito mais sorte eu tenho.
Aí o sujeito, que está lá sentado no trono do seu apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar (parafraseando Raul Seixas), de olho gordo no instagram alheio enquanto compartilha dezenas de vídeos e fotos de gosto duvidoso whatsapp afora, sente uma pontada no coração.
Levanta-se, respira fundo e vai tomar uma água, enquanto resmunga palavras que nem ele entende.
Bota na cabeça, mais uma vez, o chapéu de pobre coitado e veste-se com a certeza de que seu chefe (se tiver) e o mundo realmente conspiram para que ele jamais se transforme num honorável cidadão de sucesso.
Afinal, ele não tem sorte.
Ou melhor, ele NUNCA tem sorte.
Lembram da história do sapo fervido na panela? Pois é.
(NÃO façam isso) Reza a lenda que se colocarmos um sapo dentro de uma panela com água à temperatura próxima à da lagoa e ligarmos o fogo, ele não saltará para fora porque não perceberá a tempo o aquecimento gradual da água e, desta forma, acabará por morrer cozido ali mesmo.
Triste, hein?
Mas voltando ao nosso amigo e, olhando por outro ângulo, podemos dizer que esta pobre vítima do mundo cruel, na verdade, está presa dentro de um grande círculo vicioso da inércia.
Como ela está lá quietinha dentro da sua panela sem fazer rigorosamente nada, não há sinal de nenhuma iniciativa que lhe permita começar a gerar algum tipo de oportunidade.
Sem iniciativa, não há oportunidades e, sem oportunidades, não há evolução (pessoal, trabalho, etc) – apenas estagnação.
Aí ela começará a entrar num terreno muito perigoso, pois a estagnação desencadeia o aumento da insatisfação e desperta o sentimento de inveja contra os “afortunados” que estão evoluindo.
E, como sentimentos ruins fazem (muito) mal à saúde, eles acabam criando novos vícios (ou reforçando antigos), que passarão a influir diretamente no desempenho (pessoal/profissional), aumentando ainda mais essa sensação de que o mundo é contra ela.
Sentindo-se impotente, só lhe resta ficar cada vez mais presa dentro da sua panelinha, cada vez mais estagnada e dando ainda mais corda para que este círculo vicioso não pare de rodar indefinidamente até o dia em que a água esquentará de vez – e aí, talvez, já tenha sido tarde demais.
Portanto, só há uma alternativa para quebrar este, que é o principal e o mais nocivo dos círculos viciosos, e começar a se expor para a sorte: trocar o I de inércia pelo I de iniciativa.
E pular dessa panela.
JÁ!
Obs. Este artigo foi uma atualização feita em cima do clássico artigo (clique e aqui) que escrevi há quatro anos e que ainda hoje continua atual.
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